terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A FALTA DE FORMAÇÃO ESCOLAR, O ENSINO TÉCNICO-PROFISSIONAL, BÁSICO E SECUNDÁRIO


A carreira de um vidreiro começava muito cedo, aos 6/7 anos. Ler podia vir mais tarde, se viesse. Havia, é certo, alguns pais que estavam dispostos a pagar do seu bolso explicações particulares para os filhos, regressados estes da fábrica mas eram casos excepcionais. O essencial, para a maioria dos pais vidreiros, era a aprendizagem do ofício. Ao contrário do que se passava em tantos outros locais, a razão do não cumprimento da escolaridade obrigatória não era tanto a miséria absoluta, mas a existência de emprego infantil alternativo. Desde as origens da Marinha Grande, como centro vidreiro, que se fez sentir a necessidade de ministrar formação adequada aos que se dedicavam à arte do vidro. Por tal motivo, Guilherme Stephens fundou uma escola na sua fábrica recém criada (1769) «onde se ensinava as primeiras letras, as aulas de desenho e outra de música». Como este exemplo muitas outras foram surgindo ao longo do tempo, o que espelha a necessidade de dar formação e aumentar o nível cultural destas gentes vidreiras.


Apesar de tudo, o concelho dispunha de várias escolas primárias. Na década de 1920 existiam cinco escolas oficiais fixas e três móveis. Anteriormente, a Sociedade de Instrução e Recreio, fundada em 1895, tentara elevar o nível cultural dos Marinhenses. E em 1923, ligado à propaganda sindicalista surge o Ateneu de Educação Popular. Pouco depois, a AC dos Manipuladores de Vidraça organiza também aulas liceais, facto bem significativo do carácter privilegiado deste subgrupo vidreiro Mas foi nos anos de 1920, ainda na vigência da primeira República, que o ensino industrial chega à Marinha Grande, foi criada a escola de vidreiros e, mais tarde, transformada em Escola Industrial Guilherme Stephens. A industrialização e o desenvolvimento Marinhense, sobretudo desde os finais do século XIX, além de induzirem o fomento do ensino Técnico-Profissional, fizeram acentuar, igualmente a necessidade de aumentar o nível geral de educação dos respectivos habitantes, por isso foram tomadas diversas medidas no que toca aos vários graus de ensino e à própria educação de adultos. Nos anos de 1950, as próprias empresas passaram a intervir activamente no processo de alfabetização dos adultos, seus assalariados. Com efeito, segundo o disposto no cap.5 do Dec. Nº 38 969, de 27 de Outubro de 1952, «deverão as entidades patronais promover a instrução do seu pessoal assalariado, de ambos os sexos, e de idades compreendidas entre os 14 e 35 anos, até obterem as habilitações correspondentes à 3ª classe do ensino primário».
Foi inaugurada em Junho de 1959, com música e foguetes, o novo edifício do Escola Industrial e Comercial da Marinha Grande, situado no velho campo da Feira, onde outrora, no tempo das balizas às costas, se exibiam as velhas glórias do futebol Marinhense. A partir de 1960 ocorreram diversas inaugurações de edifícios escolares, ao nível do ensino primário, preparatório e secundário, Durante alguns anos, sob a regência do Engenheiro Rodrigues, de Calazans Duarte e de Nery Capucho, e de mais uns quantos professores, a Escola foi risonha e franca. Com o crescimento do população, o seu espaço diminuiu assustadoramente e as condições de ensino, deixaram de ter significado. Nasceu então o edifício novo, a festa de inauguração foi uma manifestação sincera, presenciada por milhares de pessoas. A Televisão fez a cobertura e no pequeno écran, surgiu o cenário apoteótico que emoldurou, com raro brilho, a festa da inauguração. Presidiu o Ministro do Educação, o Subsecretário, Directores, o Sr. Bispo de Leiria, o Sr. Victor Gallo, Presidente da Câmara, etc.. Uma nova era, na educação secundária, se iniciava na Marinha Grande.




Por último no anolectivo 1990-91, chega o ensino Superior à Marinha Grande. Este novo estabelecimento de Ensino Superior politécnico resultou da fusão dos Institutos Superiores de Humanidades e Tecnologias e de Matemática e Gestão da Marinha Grande. Apesar da designação ser recente este Projecto de Ensino Superior surgiu na Marinha Grande, em 1990 como resposta às necessidades, sentidas por empresas e serviços, de quadros superiores mais qualificados e com carências de formação especializada a nível mais elevado.
 O ISDOM - Instituto Superior D. Dinis da Marinha Grande é um estabelecimento de ensino superior politécnico, não integrado, cujo reconhecimento de interesse público foi consagrado no Decreto-Lei nº 56/2005 de 3 de Março.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Os vidreiros e o de 18 de Janeiro de 1934




O grande crescimento industrial que a Marinha Grande assistiu ao nível da indústria vidreira, levou ao surgimento de aquilo que alguns historiadores chamaram, meio de autodefesa e participação socioeconómica, cultural e política, foi exercido através de um forte espírito associativo. Com o aparecimento de várias sociedades recreativas e algumas cooperativas de crédito ao consumo, em resumo estes fenómenos contribuíram grandemente para fortalecer a coesão do operariado Marinhense. 
O Sindicato dos trabalhadores da indústria vidreira, tem as suas raízes em finais do século XIX, Através do aparecimento das associações de classe, a primeira destas Associações a ser criada, foi a associação de classe dos operários vidreiros em 1894. A classe operária vidreira evoluiu na sua organização durante e após a 1ª. Guerra mundial, havendo noticias do surgimento da Associação de Classe dos manipuladores de Vidraça em 1917, em 1919 a dos Garrafeiros e em 1924 uma dos cristaleiros e outra dos lapidários. A constituição de um sindicato único veio a ter lugar na Marinha Grande em 17 de Dezembro de 1931, tendo os seus estatutos sido aprovados oficialmente em 21 de Janeiro de 1932, com o nome de Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Industria do Vidro. Com a nova estrutura de pé, os trabalhadores vidreiros criaram uma forte organização na Marinha Grande, que lhe permitiu nesta terra, que, a nível do movimento operário do 18 de Janeiro de 1934, tivesse atingido as maiores dimensões a nível nacional.
Estava-se no início de 1934. Com o mudar do ano, entra em vigor o Estatuto Nacional do Trabalho, fascista, e os sindicatos livres eram oficialmente proibidos, dando origem a outros, subjugados ao poder corporativo. Por todo o País, os trabalhadores combatem a fascização dos sindicatos e convocam para 18 de Janeiro uma greve geral revolucionária, com o objectivo de derrubar o governo de Salazar. A insurreição falha, mas na Marinha Grande os operários vidreiros tomam o poder. Apenas por algumas horas, é certo, pois a repressão esmagaria a revolta. No resto do País, esperavam-se acções iguais, mas em nenhum outro lado se repetiu o gesto dos operários marinhenses. Apesar de fracassada, a revolta dos trabalhadores vidreiros fica na história como um momento alto da resistência ao fascismo. E deixou sementes, que germinaram numa manhã de Abril, precisamente quatro décadas depois.
Contrariamente ao que sucedeu nas restantes localidades no dia 18 de Janeiro de 1934, na Marinha Grande os objectivos da greve geral revolucionária foram cumpridos: os operários tomaram o poder. Cercada a vila e cortados os acessos, os trabalhadores marinhenses ocuparam os Correios e o posto da GNR. Derrotado o levantamento popular, começaram as perseguições e as capturas aos dirigentes sindicais, na sua maioria comunistas. Na noite de 18 e nos dias seguintes, varreram toda a região, casa a casa. Nem o Pinhal de Leiria ficou por varrer.
Os revoltosos da Marinha Grande, pelos alvos que haviam escolhido e pela natureza e gravidade dos seus actos, podem ter sido designados como o objecto de um castigo exemplar. Mas o facto de o movimento ter ficado confinado a uma minoria activa e o facto de, desde a primeira hora, a imprensa ter qualificado o movimento de comunista, qualidade que os próprios comunistas se apressam a reivindicar, é como se tivessem facilitado a escolha do Governo. O número de detidos na Marinha Grande teria ascendido no mínimo, a 131 pessoas:

- 49 Detidos - libertados posteriormente ao longo do mês de Janeiro por falta de provas
- 4 Detidos – libertados em meados de Março, atendendo à sua pouca idade e ao tempo de prisão já realizado.
- 45 Detidos, processados e condenados pelo Tribunal Militar Especial com penas pesadas, condenados ao desterro, com penas entre 3 e 14 anos de prisão na Fortaleza de São João Baptista em Angra do Heroísmo, e ao pagamento de pesadas multas.
- 33 Presos, dos quais não se encontrou referência à sua hipotética libertação ou julgamento.
 57 Destes Presos, foram inaugurar o sinistro Campo da Morte Lenta, outros foram assassinados no Campo do Tarrafal e na prisão de Angra do Heroísmo. Alojados em tendas de lona que albergavam 12 prisioneiros cada, latrinas construídas com bidões de gasolina enterrados no solo, não tinham condições de higiene, água potável ou electricidade, e a alimentação era bastante deficiente. Um conjunto de factores responsável pela propagação de doenças como o paludismo. Eram ainda submetidos a tortura e a carcereiros cruéis, numa tentativa desumana de os aniquilarem física e psicologicamente, inviabilizando qualquer hipótese de fuga.
Um dos métodos de tortura era o da “frigideira”: pequeno compartimento em betão armado com uma porta de ferro, com arejamento mínimo, onde os prisioneiros eram colocados e deixados durante dias sujeitos a condições de temperatura extremas (do dia para a noite), praticamente sem água e comida (embora fossem servidas duas “refeições” por dia).
Os revolucionários do 18 de Janeiro foram derrotados num combate em que a heroicidade não bastava para vencer a enorme desigualdade de forças, mas, como muitas vezes aconteceu na história.

sábado, 11 de dezembro de 2010

O VIDRO, SEUS OPERÁRIOS, PROCESSOS & CONDIÇÕES DE TRABALHO


PROCESSOS DE TRABALHO

Na maior parte da cristalaria utilizavam-se fundamentalmente os mesmos ingredientes que na vidraça. No fabrico do cristal propriamente dito empregava-se também o carbonato de potassa e, no fabrico de copos vulgares, os sulfatos e cloretos impregnados de uma solução mista de carbonato de potassa e potassa cáustica.
Na cristalaria, o oficial trabalhava sentado numa cadeira especial, à boca do forno, com os ajudantes à volta. Um aprendiz colhia, com a «cana», o vidro do pote, passando a outro aprendiz, que o arranjava sobre a
 « marma » . No caso de um copo, os vários ajudantes faziam o bojo e o pé, soprando, e os rapazes executavam tarefas menores, cuidavam das «canas», transportavam as peças, etc.
 O oficial vigiava as operações e procedia depois aos acabamentos mais difíceis. Terminado o trabalho, a obra era transportada nos «pontéis» ou «rocas» para as arcas de tempero, permanecendo ali por algum tempo, recebendo o recozimento necessário até ficar resistente.
Era este o processo de fabrico clássico da chamada «obra feita à boca do forno». Quando se começaram a introduzir moldes de ferro e madeira, a operação simplificou-se. Assim, após arranjado na «marma», o vidro era colocado num molde. O ajudante soprava, ao mesmo tempo que dava um movimento de rotação à «cana», dilatando-se o vidro e tomando a forma do molde. A seguir, o ajudante passava a «cana», com o copo ou a peça que se desejava fabricar, ao oficial que lhe fazia os acabamentos, servindo-se dos ferros, das pinças e «palmatórias» .
Depois, o cristal era escolhido, seguindo uma parte para a «roça» e outra para a lapidagem, onde era polido e ornamentado. Os cristaleiros eram o subgrupo que mais pessoal auxiliar possuía: lapidário, escondedores, rolhistas, fosquistas, pintores, gravadores, etc.
O vidreiro stricto sensu, uma minoria privilegiada dentro da força laboral, distinguia-se por soprar o vidro. Vidreiros eram apenas os homens do forno, enquanto os outros para eles preparavam a matéria-prima ou faziam os acabamentos nas peças produzidas.




AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Os ritmos de trabalho eram, em grande medida, determinados pela natureza da matéria-prima. A fim de evitar o arrefecimento do material, os vidreiros eram obrigados a trabalhar rapidamente. Era o próprio processo de fabrico que lhes impunha a velocidade de trabalho o que contribuiu para diminuir a necessidade de encarregados. Nas oficinas, o trabalho obedecia incipalmente às exigências do vidro e ao talento do «artista» que comandava a sua equipa. Qualquer alteração, quer nos processos técnicos, quer na divisão de tarefas, aparecia aos vidreiros como uma intromissão indesculpável na sua área de competência, uma inútil alteração às leis da natureza.
As condições de trabalho eram muito más. A reacção mais comum por parte de quem entrava nas oficinas era de espanto perante o ambiente tórrido, de admiração pela articulação gestual dos indivíduos que compunham as diversas equipas e de indignação perante a violência e o esforço físico necessários, quer para o sopro, quer para resistir ao horrendo calor dos fornos abertos, em frente dos quais os vidreiros trabalhavam. Na realidade, a robustez física era um traço indispensável para se ser vidreiro; um bom cilindro de vidraça exigia uma excepcional caixa torácica. Mas, de entre as várias oficinas, as mais insalubres eram, de longe, a sala de composição das matérias-primas e a sala dos fornos, por vezes juntas num mesmo espaço.
As outras oficinas a lapidagem ou a sala de acabamentos, dispunham de um ambiente mais saudável. As composições eram frequentemente feitas ao lado dos fornos, tendo os operários de usar lenços atados à boca para não comerem o pó, devido à poluição do ambiente, quando bebiam água coisa que os vidreiros tinham de fazer constantemente devido ao calor , aquela lhes sabia horrorosa mente mal.
No geral as instalações fabris eram barracões pequenos e baixos, com falta de ventilação e falta de ar, normalmente com o chão em terra batida. Mais graves eram, contudo, as doenças profissionais. Aos 40 anos o vidreiro estava incapacitado, sendo as taxas de mortalidade muito elevadas a partir desta idade. O calor constante, a sede e o pó dentro das oficinas faziam das doenças pulmonares um flagelo. Além disso, como as canas tocavam em várias bocas, o perigo de contágio era grande. Outro aspecto relevante era o facto das relações pessoais dentro das oficinas serem hierarquizadas, os oficiais tinham de manter disciplinado um punhado de homens além dos garotos, mais difíceis de sujeitar à dureza das tarefas e disciplina.
A brutalidade com que eram tratados os miúdos do vidro surpreende o observador contemporâneo. Regra geral batia-se muito, a prática da pancada era a forma de «Endurecer» os filhos, uma forma de socialização infantil na vida brutal das fábricas.

 Mesmo descontando alguns exageros de quem relembra a infância, eis o que disse um velho vidreiro:
 Batiam, nesse tempo batia-se muito. O meu irmão era muito raro o dia em que a    minha mãe não lhe tivesse que lavar o nariz com sangue a correr das bofetadas que lhe davam.
E outro:
 Eram bofetadas, eram pontapés, era de qualquer forma, era sempre a andar.
O jornal “A Batalha” por várias vezes se fez eco de agressões feitas a menores, encarregados que esbofeteavam crianças, patrões que davam socos em aprendizes, lamentando que os pais levassem os filhos para aqueles «matadouros infernais» .

Mas é preciso não esquecer que o acesso ao ofício de vidreiro era, por si só, um privilégio, sendo pois natural que mesmo os aspectos mais brutais da aprendizagem acabassem por ser esquecidos.



domingo, 5 de dezembro de 2010

As marcas da invasão Francesa na sua passagem pela MARINHA GRANDE



BIOGRAFIA DE NAPOLEÃO BONAPARTE
Napoleão Bonaparte (Napoléon Bonaparte), nascido em Ajaccio, Córsega, 15 de Agosto de 1769, falecido em Santa Helena, 5 de Maio de 1821, foi o dirigente efectivo da França a partir de 1799 e foi Imperador de França de 18 de Maio de 1804 a 6 de Abril de 1814, adoptando o nome de Napoleão I. Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental. Napoleão Bonaparte tornou-se uma figura importante no cenário político mundial da época, já que esteve no poder da França por 15 anos e nesse tempo conquistou grandes partes do continente europeu.



BLOQUEIO CONTINENTAL
Na busca de outras maneiras para derrotar ou enfraquecer os ingleses, o Império Francês impôs o Bloqueio Continental em 1806, onde Napoleão impunha que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo as exportações do país e causando uma crise industrial. Um problema que afectou muitos países que participaram do Bloqueio continental era que a Inglaterra, que já tinha passado pela Revolução Industrial, estava com uma firme produção de produtos industriais, e muitos países europeus ainda não possuíam produção industrial própria, e dependiam da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos agrícolas. O Império Francês afectou directamente Portugal, uma vez que este não aceitou participar no Bloqueio Continental. Descontente o exército francês começou a atacar Portugal e a família real portuguesa viu-se sem alternativas pois não tinha meios para fazer frente ao império napoleónico mas também não podia abdicar dos negócios com Inglaterra, e como consequência os dirigentes portugueses fugiram para o Brasil.

OS ESTRAGOS DA INVASÃO FRANCESA NA MARINHA GRANDE
No início do ano de 1800 a população da Marinha Grande passou por uma horrível provocação quando as tropas Francesas invadiram Portugal, ao passarem pela Marinha Grande assolaram o campo e o pinhal, destruíram o teatro da fábrica de vidros e danificaram a própria fábrica. As invasões Napoleónicas terminaram em 1811 com a expulsão dos invasores, mataram 74 habitantes, mais de cem, com medo, migraram para outros pontos do reino. Nesta altura a população sofreu ainda 879 baixas devido à epidemia da cólera, que nesse tempo era denominada de Febre-amarela, somente 32 anos após a população voltou a chegar ao seu antigo desenvolvimento. A partir de meados do século XVIII começou a ser notório o progresso da pequena vila da Marinha Grande que se situava na orla do pinhal de Leiria. Com o crescimento da Real Fábrica e a necessidade de mão-de-obra, a população teve um aumento significativo, tendo sido considerada na altura acima da média nacional, com o afluxo populacional, quer de concelhos vizinhos, quer de outros mais distantes. Atingindo os 3912 habitantes, no ano de 1878, o mencionado desenvolvimento contribui para que D. Maria II, após a sua primeira visita à Marinha Grande, tivesse criado o respectivo concelho, pelo decreto de 6 de Novembro de 1836. A importância da proximidade do pinhal de Leiria, que permitia ter uma enorme fonte de combustível e de algumas matérias-primas, levou, nos anos seguintes, ao aparecimento de mais indústrias vidreiras, serrações de madeira, indústria de metais entre outras.